Ir à luta, todo santo dia!
Além do sol, o que mais nos faz levantar e viver um dia atrás do outro? Estar vivos? Desejar algo? Fazer algo? Ou nada disso e mais um pouco? Preciso de uma leitura animadora, para tornar minha escrita menos melancólica. Não consegui falar da minha frustração... da minha impotência sobre determinada situação. Mas não consigo fazer meu cérebro parar de pensar nela.
Nunca, em toda minha vida, dependi tanto do OUTRO... pensando melhor... acho que sempre dependi, mas este OUTRO, ou OUTROS, vinham com disfarces de gnomos, fadas, estes seres com capacidade de invisibilidade... porque agora eu os vejo... eles se personificam pra mim, estão próximos e presentes... eu os vejo... os sinto... Será que eu estava em coma induzido, por mim mesma? Tô meio Kafka... em "metamorfose"... não Raul Seixas... "metamorfose ambulante". Mas apenas em transformação. Não em barata (como Kafka)... mas em um ser humano... mais pensante. Mais "aceitante".
Ouvi de quem não queria ouvir... que sou mentirosa, interesseira, má, manipuladora. Eu queria muito saber de onde surgiu tanta coisa ruim quando o que eu mostrava era amor, paciência, compreensão, colaboração... Será que o OUTRO tinha um daqueles espelhos que deforma o que reflete nele?! Pode ser né! Um espelho que deforma. Uma mente que deforma, distorce! Engorda o magro. Torna má uma pessoa boa. Não sou má... Também não sou perfeita, e acredito que a imperfeição não me faça uma pessoa má.
Li certa vez: " Sinto que o destino também é um relacionamento - uma interação entre a graça divina e o esforço pessoal direcionado. Sobre metade dele você não tem o menor controle; a outra metade está completamente em suas mãos, e as suas ações terão consequências perceptíveis. O homem não é nenhuma marionete dos deuses, nem tampouco é senhor do seu próprio destino; ele é um pouco de ambos. Galopamos pela vida como artistas de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lado a lado a toda velocidade - com um pé sobre o cavalo chamado 'destino', e o outro sobre o cavalo chamado 'livre-arbítrio'. E a pergunta que você precisa fazer todos os dias é: qual dos cavalos é qual? Com qual cavalo devo parar de me preocupar, porque ele não está sob meu controle, e qual deles preciso guiar com esforço concentrado?" Elizabeth Gilbert, no livro - comer, rezar, amar - Ed. Objetiva.
É o que estou aprendendo. É o que quero que meu filho aprenda.
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